Sabe quando você percebe que não é tudo na vida que realmente dá certo. Não digo que viver numa família feliz, com um certo nível social não seja algo bom. Mas para mim não seria só isso satisfatório suficiente para me deixar bem. Cada dia que passa percebo que talvez nada vá dar certo. Eu sei que muita coisa boa tem ocorrido, me pergunto frequentemente: será que a felicidade ainda existe para mim? Depois de tudo que já aconteceu e tudo que eu um dia fiz e que me persegue até hoje e me torna uma pessoa diferente das outras.
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Perguntaram-me esse dias porque muitas das redes sociais que eu tenho, na verdade só o blog e o twitter tem essa característica, estão com o nome de Trianna Volturi. Eu tento explicar mas metade das pessoas que souberem, não vão saber interpretar realmente o que eu digo e o que sou. Das 4 pessoas que sabem a verdade, apenas 1 me pergunta como estou e como continuo assim. As outras meramente entendem o que é ser algo que está fora do normal. Você me pergunta como sei de tanta coisa e a resposta é sempre a mesma: eu sei.
Nunca tive coragem de achar que um dia isso ia me expor e me tornar algo diferente dos outros. Eu não sou tão diferente assim, só sofro por algo que aconteceu há mais tempo do que muitos estão vivos, por coisas que dizem não ser possível acontecer, mas enfim, elas aconteceram. E me acompanham onde quer que eu vá. Um dia pode ser que eu volte a ser quem era, que encontre o que eu perdi, na verdade o que foi tirado de mim, e que eu possa seguir minha vida normalmente. Não reclamo do que tenho, pois foi difícil conseguir, mas cada dia que passa minha mente se cansa de ser o que sou e tenta me tornar algo diferente, algo estranho e espontâneo. Quero ser o que fui antes, como fui antes, feliz como antes.
Essa vida nova tem me transformado em algo que não sou, algo alienado, algo humano demais. Quero ser o ser diferente, o medo, o negro, o sombrio de antes. Quero, ah como dizer-lhes isso numa forma mais casual? Quero ser a poesia inflamada no meu ser, a luz na escuridão de tudo que sou, o amor de uma alma perdida. Um ser feliz e radiante. Algo que já fui há séculos atrás. Algo que ainda sou dentro de mim. E não adianta me chamar de Gabrielle sem entender minha essência, meu interior. Sem saber quem é Trianna, como ela é de verdade. Pois vocês não me conhecem de verdade. Ninguém realmente conhece. Aquela que me conhece, ah, viveu tão pouco da mesma época.
Então digo-lhes, leitores que não conheço, mas que agradeço que existam, sou diferente e espero conseguir ser algo que sou de verdade, algo que um dia vocês entenderam, mas que hoje realmente vai ser chamado de estranho.
Trianna