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"Kate e os espíritos" - PARTE 4

terça-feira, 7 de julho de 2009.
“Nossa o que foi isso!”, diz Levie ao se assustar com o grito que ouviu no meio da noite. “Você também ouviu?”, diz Jean como se estivesse acordando de um sonho. “Meninos, isso deve ser coisa de nossas cabeças. Ninguém grita no meio da noite. Grita?”, diz Leonard meio confuso e olhando para seus amigos. Como no meio de uma noite de verão tranqüila uma pessoa poderia gritar? Sem entender os 3 voltaram a dormir.
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“Que saco! Você mal chegou aqui e já está incomodando todo mundo. Sei que seus pais morreram recentemente, mas tenho uma novidade pra você: todo mundo aqui não tem pais! Se você continuar assim a Mademe Sophi vai saber e você irá para outro quarto!”, diz Josefinnie com muita raiva por ter sido acordada por Kate.
Kate a olhou com medo e lhe pediu desculpas. “Está bem, agora durma. Temos que acordar cedo. E se eu acordar cansada a culpa é sua!”, diz Josefinnie se virando para o lado e tentando voltar a dormir.
“Não ligue para isso. Ela sempre foi assim, meio estressada. Mas acho melhor você se comportar, pois tudo que ela disse é verdade e ela pode te expulsar daqui.”, diz Marie com medo da própria amiga. “Obrigada pela informação.”, diz Kate tentando voltar a dormir.
Mesmo que ela tentasse não conseguiria. Ela continuava a ouvir as vozes que pareciam só falar nos seus ouvidos. As vozes eram conhecidas de Kate, mas por que? Ela não queria imaginar aquilo. Será que Josefinnie estava pregando uma peça nela? Ou sua imaginação estava afetada pelos acontecimentos? De tanto pensar nisso, acabou pegando no sono.

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TRINNNNNNNNN
O relógio marcava 6:00 em ponto. Kate não acreditava que já tinha que levantar. Era segunda-feira e ela acordava normalmente às 10:00. Mas não era mais como antes. Ela teria que enfrentar seu primeiro dia sem a vida familiar. Ela se arrumou com o uniforme do internato:uma camisa branca e saia xadrez tipo escocês e saiu para arrumar o café.
A mesa da sala de jantar era gigante. Tinha mais de 20 lugares de cada lado. Todas as meninas já estavam pegando coisas na cozinha para colocar na mesa. Kate se sentiu um pouco sem jeito, mas fez o mesmo.
Logo depois, às 6:30 os rapazes desciam para se alimentar e depois saiam para fazer os serviços pesados. As moças comiam às 7:00 e depois iam para a aula de costura, línguas e cuidados domésticos. Elas aprendiam a ser mulheres de casa para depois aplicar isso no próprio internato.
Kate não sabia o que estava fazendo, mas ficou feliz em aprender sobre costura. Na aula de francês e latim, se saiu muito bem, pois já tivera essas aulas em sua escola antiga.
Depois das aulas, as meninas iam novamente à cozinha para ajudar a arrumar a mesa para o almoço. Ele seria servido exatamente ao meio-dia. Se houvesse atraso, todas eram punidas. Mas isso dificilmente acontecia, pois as moças corriam para fazer tudo a tempo.
Kate estava gostando de fazer aquilo, mesmo que fosse um tipo de trabalho escravo. Ela estava ansiosa pelo almoço, já que conheceria todos os moradores de seu novo lar, e talvez, faria novos amigos.

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“Queridos alunos do internato. Hoje temos uma nova menina conosco em nosso almoço. Quero que sejam agradáveis e gentis com ela. Seu nome é Kate. Pode se levantar por favor, querida?”, disse Mademe Sophi pedindo gentilmente para Kate se levantar. A vergonha era tanta que seus pés não conseguia se levantar, mas com muito esforço ela ficou de pé. Todos a olharam e ela voltou a se sentar.
“Nossa, pelo visto todos já te conhecem.”, diz Leonard se sentando ao lado de Kate. “Isso não foi planejado por mim, saiba disso.”, ela respondeu e os dois começaram a rir. “Você ouviu o grito de ontem à noite? Foi muito estranho!”, disseram algumas meninas do lado de Kate e Leonard. Ela ficou meio sem graça. Como ela poderia saber que tinha gritado tão alto?
“Falando nisso, você ouviu esse grito, Kate?”, disse Leonard com um jeito de galã de novela. “Não só ouvi, como fui eu que gritei. Me desculpe, mas foi uma coisa que eu ouvi no meio da noite.”, disse Kate com medo da reação de Leonard. “O que você ouviu?”, perguntou ele, nem se importando com a confissão da garota. “Bom, eu ouvi minha mãe me chamando. Ela dizia ‘Kate’ e eu como resposta gritei ‘Mãe’, mas não pensei que ia ser tão alto. Eu não estava dormindo ainda e comecei a ouvir esse sussurro no meu ouvido.” disse Kate com medo de que Leonard achasse que ela estava louca. Mas ao contrário do que ela pensou, ele apenas a olhou e voltou a comer.
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"Kate e os espíritos" - PARTE 3

segunda-feira, 6 de julho de 2009.
Ao andarem pelos corredores, chegaram à um jardim lindo. Haviam muitas rosas, margaridas e petúnias. No centro do jardim uma macieira e sob ela um banco que Kate avistou e foi até ele. Como Leonard estava muito interessado na história, se sentou ao seu lado no banco. "Então, há uma coisa que não entendi. Como assim: 'eles morreram por causa de um desejo'?", diz Leonard meio confuso. "Bom, eu acredito muito na força de um desejo. Eu estava lendo um livro em que uma pessoa deseja as coisas e elas acontecem.", diz Kate tentando tirar o ponto de interrogação do rosto de Leonard.
"Você desejou que seus pais morressem???", diz Leonard espantado com a conclusão. "NÃO! NUNCA! Eu desejei que eles sumissem. E assim como no livro meu desejo foi feito com maldade e ocorreu o pior.", disse Kate quase chorando. "Desculpe por duvidar de você. Eu fui meio idiota achando que você mataria seus pais ou que desejaria que eles morressem."E com um abraço, Leonard conseguiu o perdão de Kate.
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Enquanto isso do outro lado do jardim, Marie e Josefinnie falavam com outras garotas sobre Kate. "Ela está se achando a boa do internato. Só porque conversa com Leonard", diz Josefinnie. Marie a olha e não reconhece a amiga. Josefinnie não agia assim. Ela nunca teve tanta raiva de uma menina nova como tinha agora. Parecia... Parecia que ela tinha ciúmes de Leonard. Ele nunca havia olhado para Josefinnie como olhava para Kate. Marie pressentiu que não ia dar certo a novata dormir em seu quarto.
"Eu não acho isso, Josefinnie. Ela parece estar sofrendo muito e ele parece só ajudá-la. Além do mais, Leonard é um perfeito cavalheiro e também te ajudou assim que chegou. Não entendo porque você ficou assim.", diz Marie.
"Eu soube que os pais dela foram mortos hoje. Eles foram assassinados. E pelo que ouvi de Mademe Sophi, ela é inglesa.", diz uma das meninas do grupo. "Inglesa? Por que uma inglesa viria para um internato francês?", diz Josefinnie desconfiada.
Todas se olham e se perguntam o mesmo.
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"Então, agora a senhorita conhece todos os lugares do internato. Ah! Você terá que acordar cedo, pois as moças que arrumam o café da manhã.", diz Leonard deixando-a na porta de seu quarto quase à uma da manhã. "Obrigada você. Eu nem conheci ninguém e você foi meu acompanhante nesse primeiro dia desastroso e sofrido de minha vida.", e com muito carinho e gratidão, Kate deu um beijo no rosto de Leonard e entrou.
Ao deitar em sua cama ouviu um cochicho: "Ela mal chegou e já está dando em cima do menino."
Kate fecha os olhos e tenta dormir, mas um sussurro em seu ouvido à faz pular da cama:
"KATTTTEEEEE..."
Assustada, ela levanta e grita: "MÃE!!!!"
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"Kate e os espíritos" - PARTE 2

"Nossa, que lugar estranho e assombrado", diz Kate na porta de seu novo e eterno lar. "Bom, menina, aqui não é assombrado, mas concordo que é estranho. Mas estava no testamento de seus pais e era do desejo deles que assim que morressem e você fosse menor viesse para cá", disse o Policial Carl.
Kate saiu do carro e andando na chuva que começava a cair observava toda a estrutura do castelo. Era meio velho, construído com tijolos e estava em um estado de decadência. Mas não parecia ser tão assustador, ainda não. Quando ela estava na porta, algo assustador lhe fez pular. Era o som da porta se abrindo. Dela saiu uma senhora que não parecia ser muito velha, mas também não era tão nova. Ela era alta, com os olhos claros e os cabelos loiros. " Como você está pequena? Sei que ocorreu uma perda grande em sua vida, mas aqui será tratada como seus pais desejavam. Não os conheci, mas sei que te amavam. Ah! Meu nome é Mademe Sophi e eu sou a sua tutora." Kate ao ouvir isso se sentiu um pouco em paz.
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O internato era bem diferente por dentro. Parecia que estava em um local muito diferente que Kate teria que se acostumar. "Este é seu quarto e você terá a companhia de Marie e Josefinnie. Cuidem dela, garotas.", disse Mademe Sophi.
Kate apenas pões as coisas na cama e sua mala acaba caindo no chão.Quando ela olha vê um garoto muito bonito. Seu nome é Leonard. " Me desculpe. Não queria te assustar.", diz Leonard. Kate que é uma menina muito tímida olha para ele e com um sussurro diz: "Me desculpe você. Sou uma desastrada. Uma desastrada sem família.” E como ela fez antes com o policial, ela cai em cima de Leonard, que como bom cavalheiro que é a abraça. " Por que você está assim?", pergunta Leonard com um jeito que fazia Kate se lembrar do pai. " Meus pais foram assassinados hoje. Tudo por causa de um desejo. Por que???"
Leonard a levantou e com muito carinho a fez sentar ao seu lado na cama dela. " Sabe, comigo também foi assim. Mas nem sei quem são os meus pais. Morreram quando eu era um bebê. Sei que é horrível saber disso, mas você vai conseguir superar.", e como consolo passou a mão em suas costas. Kate via nos olhos de Leonard a tristeza que ele sentia com a falta dos pais. " Percebo que você não é francesa. De onde você é?", pergunta Leonard querendo mudar de assunto. " Sou de Londres, mas nos mudamos a 3 meses. Sinto falta da Inglaterra." Quando, de repente, Kate percebeu que estava andando pelos corredores do castelo. Ela explicou para Leonard que seus pais foram para a França para mudarem de vida. Mas ela nunca pensou que isso fosse fazer a família se desentender e que seus pais seriam mortos. " Nós começamos a brigar por causa de nossa mudança. Não queria deixar minhas amigas e...", Kate fez uma pausa. Ela percebeu que estava muito pessoal o que estava falando para um desconhecido. " Me desculpe. Você está me contando de sua vida e eu não lhe contei sobre mim. Meu nome é Leonard Hopkins, tenho 17 anos e moro aqui a 16. Nunca soube como meus pais morreram, tenho 2 amigos, Jean e Levie, e não namoro." Depois de dizer essa última parte, Leonard ficou meio sem graça.
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"Kate e os espíritos"

"Bom, eu não aturo mais isso", disse Kate para sua família. Ela tinha 16 anos e não sabia mais o que fazer com as brigas em casa. Ela era uma menina muito inteligente e estudiosa, mas tinha um gênio muito forte. Ela era diferente das outras pessoas. Ela era apegada a coisas surreais e gostava de contos estranhos. Um dia lendo seu livro preferido, "A pata do macaco", percebeu que os desejos são as coisas mais fortes do mundo. Então, em um excesso de raiva, ela desejou que seus pais sumissem para sempre de sua vida. Mas como ela achava que nunca ia funcionar, deixou de lado. Um dia depois da escola, Kate chegou em casa e encontrou sangue na sala e esse rastro ia até o quarto de seus pais. Ao chegar lá, ela percebeu que seus pais estavam mortos e que junto deles havia um bilhete dizendo: " A culpa não é sua filha... A vida é assim. Você vai para um internato de órfãos. Sentimos muito e sabemos que você deve estar mal. Te perdoamos. Mamãe e Papai." Com muito medo, Kate fugiu de casa e encontrou dois homens que diziam vir buscá-la. Como ela já estava sem forças, se jogou em cima de um dos homens e chorando disse:"Me levem daqui. Não posso ver meus pais. Eles não queriam que eu estivesse aqui." O homem que estava ao seu lado disse: "Somos policiais e descobrimos que quem matou seus pais foi um ladrão procurado. Acho que eles reagiram e ..." Ele não conseguiu terminar.

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Depois de uma longa viagem, Kate começou a perceber que estava muito longe de casa. Então leu logo em cima de um castelo velho: "Internato D'Lavan". Ela ficou com medo, pois o local era meio mau assombrado.
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